Groovector - Ultramarine (2000)

E emergindo diretamente das profundezas das águas finlandesas, mais um ser característico da fusão do jazz com o progressive rock, Groovector.

Formada em Pori (costa oeste do país) no ano de 1996, este trio possui apenas dois álbuns de estúdio e um ao vivo, sendo o primeiro, "Ultramarine" lançado pela Mellow Records, o post em questão. No conhecido site "prog archives", eles são descritos como "symphonic progressive rock" bem estilo anos 70, e de fato, não há muitas bandas hoje em dia que fazem esse resgate do auge do gênero naquele período. O que o Groovector - visão pessoal - na verdade faz, é uma releitura do mesmo, mas obviamente com o olhar evolutivo (desculpe a redundância) do até então vindouro século 21, criando linhas melódicas extremamente envolventes, creditados ora por sons minimalistas, ora por mais complexos, incluindo também sons da natureza.

A faixa "Selangor" (estado da Malásia) talvez seja a que mais se encaixe no que digo, inclusive pelas referências étnicas na sonoridade. Pegada atmosférica do início ao fim, fazendo nada além de abrir caminho para o restante do disco que por sinal é maravilhoso. Se curte aquele ritual básico de sentar, relaxar e ouvir uma excelente música, recomendo facilmente este primeiro e grandioso trabalho do Groovector. Boa viagem.
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Link: https://www.sendspace.com/file/qoizfc

Asa - Leijonaa Metsästän (2005)

Yo man! Chegou a vez das rimas, das pick ups e por que não, de outros instrumentos ditarem as regras aqui no TSE. Estou me referindo ao homem do microfone, Asa.

Asa nasceu Matti Salo em Kemi, Lappi (Lapônia finlandesa) no ano de 1980, mas é em Helsinki que a carreira do rapper  lapão começa de fato, em 2001 quando lança seu primeiro trabalho ainda sob o nome de Avain, chamado "Punainen Tiili" pela Rähina Records. O retorno veio somente em 2005, já devidamente reincarnado como Asa, lançando o disco em questão "Leijonaa Metsästän" (Lion Hunt) pela Fried Records. 

O sucesso do álbum foi quase que imediato, alcançando a terceira posição nos charts graças também, aos singles "Leijonaa Metsästän" e "Hidastaa". 

E não havia como ser de outro jeito, assim como a música acima, todo o álbum mostra uma variedade genial de estilos que passam pelo folk — aliás, muito folk —, reggae, jazz, pop, rock, mas tendo o rap como força motriz. Liricamente, os alvos são as guerras, desigualdades sociais e claro, os políticos. Ainda que soe estranho um finlandês reclamar tudo isso, pelo menos para quem é brasileiro (ou de regiões menos favorecidas mundo afora), vale muito a pena conferir por ser algo bem consciente e consistente, já que infelizmente, o rap que conheci aqui no Brasil, de contestação, deu lugar a ostentação, com jóias e carros em primeiro lugar. 

                   
                                     

Freestyle Info:

+ O rapper tem uma das assinaturas em dois filmes: "Tyttö sinä olet tähti" (Beauty And The Bastard ou A Bela e o Bastardo) e "Ollaan vapaita" (Being Free ou Ser Livre).

+ Asa é filho de um dos maiores e mais conhecidos advogados da Finlândia, Heikki Salo.

+ Anos mais tarde ele iria integrar o grupo Jätkäjätkät junto com Kim Rantala (ex-Amorphis) e outros proeminentes músicos finlandeses. 

                                         

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